Por Rogério Turgante
“O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão para existir. Uma pessoa não pode deixar de se sentir reverente ao contemplar os mistérios da eternidade, da vida, da maravilhosa estrutura da realidade. Basta que a pessoa tente compreender um pouco mais desse mistério a cada dia. Nunca perca uma sagrada curiosidade.”
Albert Einstein.
Introdução – O que são perguntas para nosso sistema neurológico?
De certa forma, as orações emitem um fato, seja de forma afirmativa, negativa ou interrogativa. Perguntas do tipo: “você já comeu tudo?” expressa certa suposição de que havia algo que você deveria supostamente comer, ou algo assim, não é mesmo? Cada elemento de um enunciado pode ser tido como um elemento, digamos, um “ser”, que expressa seu valor e seu significado dentro do contexto apenas, por exemplo, a palavra “cachorro” tem um valor dentro de um fato: “meu vizinho que é um cachorro ama seu cachorro” – observe como a palavra cachorro pode ter múltiplos significados. As perguntas têm em si um valor interessante, é pode ser de grande valor se usadas de maneira direcionada a alcançar objetivos específicos ou gerais, principalmente partindo do pressuposto neurolinguístico de que temos o poder de controlar nossa mente, e consequentemente nosso sistema nervoso, podendo assim gerar mais saúde, ou mais doenças, mais prosperidade ou mais situações complicadas. Está em suas mãos essa decisão, ou melhor, em suas perguntas.
Como funcionam as perguntas?
Observe, ou comece, que tipos de perguntas você se faz (ou aos outros) quando está diante de situações-chave? Por exemplo: quando tem uma conta a pagar e desconfia que seu dinheiro não vai dar, o que passa pela sua mente? Algo do tipo: o que vou fazer agora? Onde vou conseguir mais dinheiro? Como posso fazer para resolver isso? Ou do segundo tipo: Como pude fazer isso comigo? Como posso ser tão otário? Como que eu consigo me complicar tanto?
No primeiro tipo de perguntas você será direcionado às respostas que te guiarão a uma saída. No segundo tipo, apesar de te levar a uma análise, também não te levará adiante.
Segundo Anthony Robbins, em seu livro “Desperte Seu Gigante Interior”, na página 224 diz: “As perguntas que você faz determinarão onde focaliza, como pensa, como sente e o que faz”. Pensando com muito carinho e cuidado, vemos que a coisa é mais séria que pensávamos antes, ou seja, uma pergunta pode te levar a uma direção bem diferente de outra, não é mesmo? E na página 225, afirma ele que não somente as que fazemos têm sua importância, mas também as que deixamos de fazer podem moldar nosso destino. Interessante, não acha?
Alguns aspectos relacionados às perguntas:
As perguntas fazem três coisas específicas:
1. As perguntas mudam imediatamente o que focamos e, em consequência, como sentimos. Exemplo: você pode se perguntar: “como posso ficar tão cheio de problemas?” ou pior ainda: “por que ninguém valoriza meu trabalho?” A consequência dessas perguntas é você se afundar mais, que tal? Como se sente?
2. As perguntas mudam o que suprimos. Somos seres de supressão fantásticos, por excelência e, assim, diante de milhares de informações que temos ao nosso redor, escolhemos as que focalizamos. “Se você se sente triste, só há um motivo: é porque está suprimindo todas as razões que pode ter para se sentir bem”, diz Anthony Robbins. Que tal fazermos perguntas melhores?
3. As perguntas mudam os recursos à nossa disposição. Diante de uma situação de crise em uma empresa, por exemplo, podemos elaborar perguntas do tipo: que parte da empresa vendemos primeiro? Quantos funcionários vamos decidir demitir? Ou coisa do tipo. Por outro lado, podemos elaborar perguntas mais inteligentes como: como posso inverter a situação? Se houver saídas, quais seriam? Com quem eu posso contar? O que eu faria, que nunca fiz, e poderia ser uma ótima saída? Se fosse proibido pensar em demitir e fechar as portas, como eu faria para dar a volta por cima? Vejam, que recursos temos em nós, ou ao nosso redor, ou de outros, e não víamos antes com as perguntas limitantes? Os recursos aparecem facilmente se estivermos dispostos a encontrá-los, e é claro que uma pessoa sem este grau mínimo de flexibilidade não vai muito longe, não é mesmo?
Os itens acima servem para todos os setores de nossa vida: relacionamentos, casamento, finanças, profissão, estudos, espiritualidade, etc. Elaborem algumas perguntas úteis, exercitem. Mas para ajudá-los, seguem algumas dicas da Obra citada acima, do Mr. Tony Robbins, um simples exercício para o Ano Novo (diariamente):
Perguntas que resolvem problemas:
- O que há de tão grande/ ruim neste problema?
- O que ainda falta para ficar perfeito?
- O que estou disposto a fazer para ficar do jeito que quero?
- O que estou disposto a não mais fazer para que fique do jeito que quero?
- Como posso desfrutar do processo, enquanto faço o que é necessário para que fique do jeito que quero?
- Pelo que sou feliz em minha vida agora?
- Pelo que me sinto orgulhoso em minha vida agora?
- Pelo que me sinto grato em minha vida agora?
- Em que me empenho em minha vida agora?
- Quem eu amo? Quem me ama?
- O que eu contribui hoje? De que maneira contribui para os outros hoje?
- O que eu aprendi hoje? Como o dia de hoje aumentou a qualidade de minha vida ou de outros?
- Em que me aperfeiçoei mais um pouco hoje?
Grande Abraço, e ótimas perguntas!
Rogério Turgante
www.prof-turgante.blogspot.com.br